TUDO DE NOVO
Tudo de novo. Adeus Ano Velho. Lá no décimo segundo andar do Ano. Quero justamente trazer à memória aquilo que me dá esperança. Afinal, tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse minuto que está passando. Mesmo que brasileiro deixe tudo para a última hora. Tudo pavê.
Tudo de novo. Em camadas. A mesma canção. O mesmo poema. O mesmo versículo. A mesma citação. A mesma matéria no jornal sobre as filas nos shoppings e supermercados. A mesma piada.
Tudo de novo. Mas quando se tem sorte – e você sabe que sorte não é necessariamente sinônimo de coisa boa –, você reencontra as mesmas pessoas, o mesmo cardápio, os mesmos sentimentos, o mesmo lugar, o mesmo tudo.
Tudo de novo, tudo novamente, tudo novo de novo. Tudo como deve ser. O eterno retorno:
“Em cada agora, o ser começa;
em torno de cada aqui, rola a esfera do ali.
O centro está em toda parte.
Curvo é o caminho da eternidade.”
Tudo é novo. Se a gente esticar a régua, tudo é novo.
Tudo de novo para você.
Mais do que um desejo, é tudo o que tenho a oferecer neste final pouco original.


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