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Mostrando postagens de agosto, 2025

CADÊ

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  Cadê um Brasil verdadeiro, o Real, como cantaram Machado e Suassuna? Cadê as cidades bonitas, arborizadas, humanas e acolhedoras? Cadê os asfaltos de qualidade, a água tratada, esgotos, saneamento urbano com preços dignos? Cadê a energia elétrica de qualidade e custo real? Cadê as praças humanizadas, lindas, prenhes de pessoas das várias faixas etárias nas cidades? Cadê os impostos praticáveis, seja do imóvel,  do carro, dos produtos de alimentação e de consumo diário? Cadê as taxas de juros justas e humanas dos bancos e lojas sobre os mais despossuídos, ainda mais nessa pandemia, quando esses tipos de empreendimento arrancam até o couro do brasileiro? Cadê políticos verdadeiros que armam suas canetas para defender, apoiar e oportunizar vida digna aos cidadãos? Cadê os salários justos dos funcionários públicos nas três esferas do poder - Legislativo, Executivo e Judiciário - sem contracheques milionários e benefícios indecorosos, nas três instâncias: União, Estado e Municípi...

Senescência

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  Senescência... Está aí uma palavra muito bonita, que vim a conhecer há uns 10 anos! Naquela ocasião, uma amiga da família, com quase 90 anos, sabendo do meu amor pelas palavras, me perguntara desafiadoramente se eu sabia o que era “senescência”. Nunca tinha lido ou ouvido falar, mas tinha uma vaga ideia, já que a palavra “senectude” me era familiar. Na Suíça há “Pro Senectude”, uma instituição que dá assistência aos idosos. Por via das dúvidas, procurei “senescência” no dicionário. Gostei muito, achei-a linda, melodiosa e, sem pestanejar, adotei-a para sempre! Desde então, “senescência” define muito bem a fase etária em que me encontro.  Com garbo, “senescência” substitui expressões bastante usadas e, às vezes pesadas, como: velhice, terceira idade, melhor idade, pessoa idosa... Senescência... O tom com que a falamos já inspira carinho, tranquilidade. É uma palavra que rima lindamente com “adolescência”... aquela fase encantada, longínqua, tão querida, que guardou seu fresc...

COTONETES AINDA

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  Eu não sei se você percebeu, mas, nos últimos tempos, pintaram muitas notícias, artigos, posts, reels, vídeos e outros “conteúdos” alertando para o uso de cotonetes — vulgo hastes flexíveis. Eu continuo a usar. Não se trata de uma bandeira em defesa da liberdade de ser tolo, nem de um mimo de mínimo autoflagelo — muito menos de uma tara pelo prazer de se coçar o juízo —, mas simplesmente de uma decisão consciente de desistir um pouco de poucas coisas. É a resistência pela desistência. É a consciência daqueles que ainda sentem alguma coisa que inconscientemente estamos todos com algo a nos tapar os sentidos. Destarte, o autocuidado está em não empurrar o cerume para o fundo, nem higienizar tanto a ponto de perder a proteção natural.